terça-feira, 22 de abril de 2008

«Adoro pessoas». É verdade. Não me consigo imaginar isolada do convívio, das conversas, dos toques, do ser humano. Adoro o meu curso, todos os dias descubro um bocadinho mais do que está por detrás daquilo que aparentamos no dia-a-dia. E acho isso fantástico! No entanto, ultimamente, tenho ouvido histórias… Histórias que me fazem pensar em como um ser humano pode ser tão dissimulado.

Já tive as minhas experiências, já me desiludi muitas vezes. Mas agora percebo que, apesar da minha ingenuidade (confio facilmente nas pessoas…), até sou muito cuidadosa. Isto é, para mim há limites. Limites que nem toda a gente consegue manter. E é assim que nos magoamos, é assim que deixamos que nos usem, que nos tratem como objectos. “Tratar como objectos”… É uma ideia que não consigo digerir. Como pode um ser humano tratar alguém como um ser inferior, como alguém sem sentimentos (todos os temos.)? Magoam-se as pessoas… Sem perceber? Por vezes. Mas o que me indigna (estou extremamente indignada neste momento!) é as pessoas que o fazem deliberadamente. Tenho um amigo meu que diz que as meninas de Psicologia estão sempre a analisar os comportamentos. No meu caso, já não é de agora. E este é um daqueles comportamentos que (ainda) não me cabem na cabeça.

É um tema estúpido, simplesmente precisava de escrever. O que tenho ouvido… Tem mexido comigo, porque não posso ajudar. Faço o que posso, mas que posso realmente fazer para reduzir essa dor? A dor de sermos usados por um ser (des)humano? I’ve been there before.

‘Muita força neste hora.’ :)

segunda-feira, 7 de abril de 2008

(A)Normalidade

Desde cedo ouvi aquela expressão «Tu não és normal!». E é verdade. Sempre me orgulhei disso. Ser diferente.
Não sei explicar bem onde me destaco da 'normalidade' e, na verdade, quem afirma isso, também não sabe fundamentar tal afirmação.


Como ia dizendo, nada que me incomode. Até certo ponto. Há coisas que queria mudar em mim e não consigo. Mudar não, talvez controlar...


Nunca vou pelo caminho mais fácil, só sou atraída pelo que não posso ter. Bem, o que dificilmente posso alcançar :) Segundo a minha mãe, desde pequenina :]

Não considero isso um defeito, assim sei dar valor ao que tenho. Simplesmente me incomoda o facto de não conseguir conviver com isso.
Sendo objectiva, falando em pessoas: quando sinto que as 'tenho', farto-me. Posso ter aquela pessoa que me dá tudo, aquela pessoa que toda a gente deseja, que até já tive algumas vezes, mas não chega. Não me estimula, não consegue controlar-me, não consegue desafiar-me... Não chega, não dá luta.


Encontro-me numa situação semelhante. Qualquer rapariga não hesitaria em 'escolher'. Podia ter tudo. Ainda acabo sem nada.


Como diz alguém que eu conheço «Nós é que somos normais, eles são normalizados.» Vou manter o autor anónimo :)